O que fazer quando um familiar é preso? Passo a passo para garantir seus direitos

A prisão de um ente querido é uma experiência angustiante que suscita inúmeras dúvidas e preocupações. Saber como proceder nesse momento é crucial para assegurar que os direitos do preso sejam respeitados e que as medidas adequadas sejam tomadas. Este guia oferece orientações práticas para auxiliar famílias a enfrentarem essa situação com mais segurança e conhecimento.

1. Mantenha a calma e busque informações

Ao ser informado sobre a prisão de um familiar, é natural sentir-se desorientado. No entanto, manter a calma é fundamental para agir de forma eficaz. Inicie buscando informações precisas sobre a detenção:

  • Local da detenção: Descubra em qual delegacia ou unidade prisional o familiar está custodiado. Isso pode ser feito entrando em contato diretamente com as autoridades policiais ou consultando sistemas online disponibilizados por órgãos governamentais.
  • Motivo da prisão: Compreender a acusação ou suspeita que levou à prisão é essencial para determinar os próximos passos legais.

De posse dessas informações, será mais fácil tomar decisões informadas e buscar o auxílio necessário.

2. Entenda a situação jurídica

Conhecer os procedimentos legais que se seguem à prisão ajuda a preparar-se adequadamente:

  • Audiência de custódia: Geralmente realizada em até 24 horas após a prisão, essa audiência permite que um juiz avalie a legalidade da detenção e as condições em que ocorreu. É uma oportunidade para verificar possíveis abusos e decidir sobre a manutenção ou não da prisão preventiva.
  • Tipos de prisão:
    • Prisão em flagrante: Ocorre quando a pessoa é detida durante ou imediatamente após a prática de um crime.
    • Prisão preventiva: Decretada pelo juiz para garantir a ordem pública, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal.
    • Prisão temporária: Utilizada durante a investigação de crimes específicos, com prazo determinado.

Compreender em qual dessas situações o familiar se encontra auxilia na definição da estratégia de defesa.

3. Procure um advogado criminalista

A assistência jurídica especializada é indispensável:

  • Importância do advogado: Um advogado criminalista possui o conhecimento necessário para orientar a família, representar o preso e garantir que seus direitos sejam preservados ao longo do processo.
  • Como escolher: Busque profissionais com experiência comprovada em casos semelhantes e que inspirem confiança. Peça indicações e verifique a reputação do advogado junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A atuação de um advogado competente pode influenciar significativamente o desfecho do caso.

4. Conheça os direitos do preso

Mesmo privado de liberdade, o indivíduo mantém direitos fundamentais:

  • Direito à integridade física e moral: O preso não pode ser submetido a tortura ou tratamento desumano.
  • Direito à defesa: Acesso a um advogado e comunicação com familiares são garantidos.
  • Direito à saúde: Atendimento médico adequado deve ser providenciado quando necessário.
  • Direito a visitas: Familiares têm o direito de visitar o preso, observando as normas da instituição.

Estar ciente desses direitos permite que a família os exija e denuncie eventuais violações.

5. Entenda o papel do habeas corpus

O habeas corpus é uma ferramenta jurídica vital:

  • Definição: Trata-se de uma ação destinada a proteger o direito de liberdade, utilizada quando há ameaça ou constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.
  • Aplicabilidade: Pode ser solicitado em situações como prisões sem fundamento legal, excesso de prazo na formação da culpa ou condições desumanas de detenção.

O advogado avaliará a pertinência de impetrar um habeas corpus conforme as circunstâncias do caso.

6. Ofereça apoio emocional e prático

O suporte da família é crucial durante esse período:

  • Apoio emocional: Manter contato regular, demonstrar solidariedade e escuta ativa ajudam a fortalecer o preso psicologicamente.
  • Assistência prática: Providenciar itens permitidos, como roupas e materiais de higiene, contribui para o bem-estar do detento.

Uma rede de apoio sólida pode fazer a diferença na recuperação e reintegração social do preso.

Conclusão

Enfrentar a prisão de um familiar é desafiador, mas com informação e apoio jurídico adequado, é possível garantir que os direitos sejam respeitados e buscar soluções justas. A atuação proativa da família, aliada à assistência de um advogado criminalista competente, é fundamental para atravessar esse período com esperança e resiliência.

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